Padrão de Beleza
Padrão de Beleza
Esse vídeo sobre padrão de beleza abre uma discussão importantíssima sobre dois acontecimentos que marcaram a medicina estética nas últimas semanas.
Primeiro Acontecimento
O primeiro foi a liberação das fotos antes e depois para médicos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Medida importante, quando procedimentos invasivos estão sendo feitos cada vez mais por pessoas sem o mínimo controle.
A proibição dos médicos no mundo midiático de hoje fazia parecer que “o certo” não era médico fazer, ou até mesmo que médico não faria tão bem.
É aquela história: de tanto ver, o errado parece certo.
Mas, é justamente aí que mora o grande perigo: a ILUSÃO!
Outro grande problema é a objetificação de corpos, principalmente o feminino (p.ex: filmes fetichizados de mão, geralmente masculina, passando pelo corpo de pessoas desacordadas após cirurgia, lambuzadas de óleo), além da privacidade do paciente, entre outras questões.
“Toda liberdade vem junto com responsabilidade” – serve pra médico, pacientes, TODOS: cuidado com o conteúdo que você posta e consome!
Segundo Acontecimento
O segundo acontecimento foi um evento enorme de um dos maiores laboratórios de beleza do mundo para dermatologistas e plásticos.
Durante todo o evento, falou-se sobre respeitar a beleza individual, não seguir padrões, mas esse tom do discurso se mostrou raso e mesmo um “beautywash” principalmente quando tentaram explicar “o que era a beleza”.
Em um momento (entre vários) em que fiquei constrangida, foi quando mostraram o príncipe William como beleza adquirida por status, pensei: “agora, sim, vão falar que beleza é poder, mas que o poder é determinante de beleza também…” Que nada! Finalizaram rápido: “ai é isso… essas convenções sociais mais arbitrárias” – Oi?
Será que é tão arbitrário assim, não haver nenhum “speaker” negro?
E a esmagadora maioria dos convidados da plateia serem brancos?
Já se perguntaram o porquê disso?
Se essas perguntas não forem feitas continuaremos seguindo o mesmo padrão de beleza (novamente ele) cruel, e nenhum pouco arbitrário, maquiado para ser agradável a ouvintes privilegiados para que se sintam benevolentes o suficiente, mas não incomodados a ponto de se indignarem.
Como seria maravilhoso esse conteúdo da Vanessa Rozan finalizando aquele evento e levantando tantas questões legítimas e urgentes!